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quinta-feira, 10 de julho de 2014

CAPÍTULO 1 - A MAGIA DA AMIZADE



6 AMIGOS



Seis amigos e um retrato em branco e preto que o tempo envelheceu uma história que merece ser contada.


Foi assim que anos atrás eu conheci o meu amor, aquele que ora dorme lindamente nua ao meu lado.

 
RETRATO EM BRANCO E PRETO
Por Btse Avlis


Em minhas mãos...
... um velho retrato,
em preto e branco.


Ao ver a imagem nele reproduzida...
..., sinto como se eu estivesse lá,
e volto ao passado:
A Paris!


Neste momento, ouço ao longe...
..., decerto magia ou devaneio, 
uma orquestra tocar 
a velha canção de Piaf.


Meu corpo baila...
... ao ouvir aquela música.


Como outrora bailei...
..., ao som daquela música
em plena Avenue des Champs-Élyzées.


Quando desafie o cansaço...
...e rodopiei pela avenida,
por toda a noite.


Ora vivencio a magia daquela noite...
..., passeio em seus restaurantes,
nos cafés que tomam conta das calçadas, 
nas grandes lojas
e em seus lindos parques.


Por toda noite a bailar...
... diante da orquestra,
a qual depois de anos regressa a Paris,
para um concerto na Place de La Concorde.
 


Ao fim cansada deste bailar devaneado...
..., olho a janela...
... e vejo um lindo amanhecer,
Como naquela noite.


À época, cansada de tanto rodopiar
aos pés do Arc de Triomphe...
..., descansei.


Aliás, foi naquele rodopiar...
... que encontrei a outra imagem
reproduzida no retrato em preto e branco.


Momentaneamente...
..., embriago-me com a doce lembrança
do sabor do champagne que bebemos,
até chegarmos ao hotel.


Ora brindo...
... o novo dia,
como em Paris brindei.


Sonho...
... ou o passado a tornar-se
minha mais linda realidade.


Desperto...
... e vejo estar ao lado da outra imagem reproduzida no retrato.


Incrédula percebo,
 que ele está com a cópia do retrato
em suas mãos.


Dos seus olhos saem lágrimas...
... e depois de me beijar
vejo mais lindo sorriso.


Nele, éramos nós...
... a bailar
e se enamorar.


Eu e ele,
Almas cativadas naquela fotografia,
As quais o destino fizera questão

De libertá-las.


Que o amor como obra do destino,
Simplesmente nos uniu.




9 comentários:

  1. Amiga lindíssimo poema. Parabéns mandou super bem mais uma vez.

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  2. Respostas
    1. Muito obrigada Lalinha! O poema nos remete ao passado, para que no presente o amor renascido seja celebrado. Btse.

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  3. Boa noite!
    Um poema que me leva a nostalgia, não só pelas palavras, mas também pela poesia da fotografia. Uma nostalgia que me deixa leve, em paz e toca fundo dentro de mim, me deixando totalmente emocionada.

    Poesia, pura e simples poesia...
    Parabéns e obrigada por me proporcionar esses momentos que adoro!

    Anos Dourados
    Nana Caymmi
    Parece que dizes
    Te amo, Maria
    Na fotografia
    Estamos felizes
    Te ligo afobada
    E deixo confissões
    No gravador
    Vai ser engraçado
    Se tens um novo amor
    Me vejo a teu lado
    Te amo?
    Não lembro
    Parece dezembro
    De um ano dourado
    Parece bolero
    Te quero, te quero
    Dizer que não quero
    Teus beijos nunca mais
    Teus beijos nunca mais

    Não sei se eu ainda
    Te esqueço de fato
    No nosso retrato
    Pareço tão linda
    Te ligo ofegante
    E digo confusões no gravador
    E desconcertante
    Rever o grande amor
    Meus olhos molhados
    Insanos, dezembros
    Mas quando me lembro
    São anos dourados
    Ainda te quero
    Bolero, nossos versos são banais
    Mas como eu espero
    Teus beijos nunca mais
    Teus beijos nunca mais

    Beijos!

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Muito bonito e sensível amiga
    Parabéns, amei.

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  6. Como sempre, um poema que consegue nos tocar a alma. Parabéns, minha amiga.

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