6 AMIGOS |
Seis amigos e um retrato em branco e preto que o tempo envelheceu uma história que merece ser contada.
Foi assim que anos atrás eu conheci o meu amor, aquele que ora
dorme lindamente nua ao meu lado.
RETRATO EM BRANCO E PRETO
Por Btse Avlis
Em minhas mãos...
... um velho retrato,
em preto e branco.
Ao ver a imagem nele reproduzida...
..., sinto como se eu estivesse lá,
e volto ao passado:
A Paris!
Neste momento, ouço ao longe...
..., decerto magia ou devaneio,
uma orquestra tocar
a velha canção de Piaf.
Meu corpo baila...
... ao ouvir aquela música.
Como outrora bailei...
..., ao som daquela música
em plena Avenue des Champs-Élyzées.
Quando desafie o cansaço...
...e rodopiei pela avenida,
por toda a noite.
Ora vivencio a magia daquela noite...
..., passeio em seus restaurantes,
nos cafés que tomam conta das calçadas,
nas grandes lojas
e em seus lindos parques.
Por toda noite a bailar...
... diante da orquestra,
a qual depois de anos regressa a Paris,
para um concerto na Place de La Concorde.
Ao fim cansada deste bailar devaneado...
..., olho a janela...
... e vejo um lindo amanhecer,
Como naquela noite.
À época, cansada de tanto rodopiar
aos pés do Arc de Triomphe...
..., descansei.
Aliás, foi naquele rodopiar...
... que encontrei a outra imagem
reproduzida no retrato em preto e branco.
Momentaneamente...
..., embriago-me com a doce lembrança
do sabor do champagne que bebemos,
até chegarmos ao hotel.
Ora brindo...
... o novo dia,
como em Paris brindei.
Sonho...
... ou o passado a tornar-se
minha mais linda realidade.
Desperto...
... e vejo estar ao lado da outra imagem
reproduzida no retrato.
Incrédula
percebo,
que ele está com a cópia do retrato
em suas mãos.
Dos seus olhos saem lágrimas...
... e depois de me beijar
vejo mais lindo sorriso.
Nele, éramos nós...
... a bailar
e se enamorar.
Eu e ele,
Almas cativadas naquela fotografia,
As quais o destino fizera questão
De libertá-las.
Que o amor como obra do destino,
Simplesmente nos uniu.
Amiga lindíssimo poema. Parabéns mandou super bem mais uma vez.
ResponderExcluirObrigada amiga!
ExcluirOi,Btse! Muito lindo!bjos!
ResponderExcluirMuito obrigada Lalinha! O poema nos remete ao passado, para que no presente o amor renascido seja celebrado. Btse.
ExcluirBoa noite!
ResponderExcluirUm poema que me leva a nostalgia, não só pelas palavras, mas também pela poesia da fotografia. Uma nostalgia que me deixa leve, em paz e toca fundo dentro de mim, me deixando totalmente emocionada.
Poesia, pura e simples poesia...
Parabéns e obrigada por me proporcionar esses momentos que adoro!
Anos Dourados
Nana Caymmi
Parece que dizes
Te amo, Maria
Na fotografia
Estamos felizes
Te ligo afobada
E deixo confissões
No gravador
Vai ser engraçado
Se tens um novo amor
Me vejo a teu lado
Te amo?
Não lembro
Parece dezembro
De um ano dourado
Parece bolero
Te quero, te quero
Dizer que não quero
Teus beijos nunca mais
Teus beijos nunca mais
Não sei se eu ainda
Te esqueço de fato
No nosso retrato
Pareço tão linda
Te ligo ofegante
E digo confusões no gravador
E desconcertante
Rever o grande amor
Meus olhos molhados
Insanos, dezembros
Mas quando me lembro
São anos dourados
Ainda te quero
Bolero, nossos versos são banais
Mas como eu espero
Teus beijos nunca mais
Teus beijos nunca mais
Beijos!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMuito bonito e sensível amiga
ResponderExcluirParabéns, amei.
Lindo e romântico. Parabéns!
ResponderExcluirComo sempre, um poema que consegue nos tocar a alma. Parabéns, minha amiga.
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